sábado, 10 de dezembro de 2011

Algumas convicções

Recebi por email um texto muito interessante sobre o não desejo de ter filhos. Acho engraçado como todas as amigas que sabem da minha não vontade, ou ignoram a questão, ou me mandam artigos sobre o assunto, confesso que ainda não sei qual o objetivo não manifesto delas. Anyway, esse texto que recebi não foi endereçado exclusivamente pra mim, e foi enviado por uma colega psicóloga que nem sabe das minhas convicções, mas deliciosamente ele se encaixou com tudo que eu venho tentando explicar, embora ninguém tenha nada a ver com a minha vida.

Aqui vai o texto inteiro, que é de autoria da Mônica Montone, e que vale muito a pena ler, até pra quem quer ser ou já é mãe!




FILHO É PARA QUEM PODE



Filho é para quem pode!

Eu, não posso! Apesar de ser biologicamente saudável.

Não posso porque desconheço o poço sem fundo das minhas vontades, porque às vezes sou meio dona da verdade e porque não acredito que um filho há de me resgatar daquilo que não entendo ou aceito em mim.

Acredito que a convivência é um exercício que nos eleva e nos torna melhores, mas, esperar que um filho reflita a imagem que sonhamos ter é no mínimo crueldade.

Não há garantias de amor eterno e o olhar de um filho não é um vestido de seda azul ou um terno com corte ideal. Gerar um fruto com o único intuito de ser perfumada por ele no futuro é praticamente assinar uma sentença de sal.

Filhos não são pílulas contra a monotonia, pílulas da salvação de uma vida vazia e sem sentido, pílula “trago seu marido de volta em 9 meses”.

Penso que antes de cogitar a hipótese de engravidar, toda mulher deveria se perguntar: eu sou capaz de aceitar que apesar de dar a luz a um ser ele não será um pedaço de mim e portanto não deverá ser igual a mim? Eu sou capaz de me fazer feliz sem que alguém esteja ao meu lado? Eu sou capaz de abrir mão de determinadas coisas em minha vida sem depois cobrar? Eu sou capaz de dizer “não”? Eu quero, mesmo, ter um filho, ou simplesmente aprendi que é para isso que nascemos: para constituir uma família?

Muitas das pessoas que conheço estão neurotizadas por conta de suas relações com as mães. Em geral, são mães carentes que exigem afeto e demonstração de amor integral para se sentirem bem e, quando não recebem, martirizam os filhos com chantagens, críticas e cobranças.

As mães podem ser um céu de brigadeiro ou um inferno de sal. Elas podem adoçar a vida dos filhos ou transformar essas vidas numa batalha diária cheia de lágrimas, culpas e opressões.

Eu, por exemplo, não consigo ser um céu de brigadeiro nem para mim mesma, quiçá para uma pessoinha que vai me tirar o juízo madrugadas adentro e, honestamente, acho injusto colocar uma criança no mundo já com essa missão no lombo: fazer a mamãe crescer.

Dar a luz a um bebê é fácil, difícil é ser mãe da própria vida e iluminar as próprias escuridões.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011



Mal comecei o blog novo e já tô saindo de férias... então ficará paradinho por mto tempo..

A boa notícia é que passou a revolta e eu "des"excluí o meu outro http://nicenhahgomes.blogspot.com/

heiauheuahuahuhea então agora tenho dois! Mas no nicenhah eh mais fácil postar, pq não é sobre o casamento!

Boas festas, boas férias, me fui pra minha segunda lua de mel!

domingo, 27 de novembro de 2011

Post number ONE: a noiva cadáver, ou quase..

Oii, blog novo, fase nova, e espero que muitos posts novíssimos. Deletei o blog antigo, me arrependo um pouquinho até, mas me deu uma "crise nervosa" e eu resolvi que o alvo seria o blog, porque do contrário o alvo seria outro e eu não queria estragar meu casamento. Hhahahhaha.
Anyway, tive a nada original idéia de começar a escrever sobre o cotidiano de uma vida matrimonial. Não que eu já não fizesse isso né, mas agora vou dar uma atenção especial à esses novos aspectos do meu dia a dia.

Bueno, mas quero começar do começo, dã!, então esse primeiro post é inteiramente dedicado ao MEU grande dia, sim, porque foi o dia do MEU casamento, o Tiago foi tipo coadjuvante, como dizem minhas amigas. iuaehiuehaiueha

Here we go:



Meu dia de noiva começou tenso. Levantei as OITO da manhã pra fazer as unhas, SIIIIM, eu deixei pra última hora, porque DE ÚLTIMA HORA resolvi viajar pra jaguarão com meu pai na véspera da cerimônia. Então cansada e com sono lá fui eu pro salão da Gênova. Bem, eu estaria mentindo se dissesse que saí de lá mais cansada, porque é renovador fazer as unhas pela manhã, as manicures ainda estão com TODO gás, e rolou até um papinho de amor pela internet, claro que eu fui a protagonista.. Unhas feitas (vermelhas e vibrantes) no caminho de casa resolvi das um pulo no salão. Aí começou o estresse, os músicos não foram passar o som, o guri da aparelhagem de som e luz estava atrasado, e as decoradoras me fizeram mil perguntas sobre pequenos detalhes. OI?? O que eu tava pensando quando resolvi me meter nessa fria?? Todo estresse à toa, pois meus irmãos (que by the way já estavam encarregados disso mesmo) já tinham resolvido tudo, e estavam à par da situação. Fora uma brincadeirinha de mal gosto do mano dizendo que um dos guris tinha sofrido um acidente de carro e havia FALECIDO, tudo estava sob controle e andando muito bem.
Nisso tudo, meu pai e minha mãedrasta estavam me esperando por mais ou menos uma hora no restaurante, pois sem mim nada aconteceria naquele dia. ;)
De buxo cheio, fomos todos pra casa. Sestiar um pouquinho de tarde, porque faz bem pra todo mundo né? AHAM! Me acordei uma hora antes do salão, lembrando que tinha faltado depilar as pernas, porque eu mesma gosto de fazer isso, God bless "DEPI ROLl"! De pernas vermelhas e cheias de pontinhos fui para o salão. AFFE! Quatro noivas numa mesma tarde, se arrumando com a mesma cabeleireira não é de Deus! E me ofereciam lanchinho, e me ofeceriam suco, e tudo que eu metia era o bom e velho café quente guela abaixo, e só não rolou um cigarrinho de canto porque ninguém tava fumando ali, porque a essa altura eu tava alheia à minha asma..
Festa marcada para as 20 horas, juiz de paz marcado pras 20:30, e eu ainda no salão às 20:31. Nessas horas vale dizer que meu pai é um santo. Me aturar naquelas condições e ainda dizer TUDO VAI DAR CERTO não é pra qualquer um.. Enfim saímos correndo até o Brilhante, sorte que era pertinho, lá fui eu segurando todo meu vestido curto, evitando que amassasse no carro do pai, me equilibrando no salto 15 vermelho verniz, e pensando que dava tudo para estar no avião rumo à Bs As.
Chegando no salão, recebo meu bouquet e sem churumelas bóra lá pra entrada no tapete vermelho.
Minha irmã caçula, a aia, entrou na maior segurança, dona da festa e da caixinha das alianças, e eu atrás, agarrada no pai, não chorei porque não sabia se o choro ia ser de medo, de raiva, de ansiedade ou de alívio. Sim, porque me desculpem, mas FELIZ eu NÃO estava! Impossível ser feliz quando um mínimo detalhe que dê errado possa desmontar uma festa perfeita. Lá pelo meio do tapete, ouvindo os sorrisos das minhas amigas, alguma coisa me fez olhar pra frente, olhar pros olhos dele, e foi naquele momento que acho que parei de beliscar o braço do meu pai e ranger os dentes, porque naquele momento que eu comecei a flutuar. De repente tudo ficou fácil, tudo ficou fosco, e a única coisa que brilhava era aquele olhar que me esperava.  PRIMEIRO MOMENTO MÁGICO.
Foi só chegar em frente à juíza que tudo terminou, voltei a querer morrer porque tava tudo errado (na minha cabeça) eu só pensava em que momento teríamos que pegar as alianças, não ensaiamos, e aquela mulher ficava interrompendo meus pensamentos esperando pelo meu sim, oraa, se eu passei por esse estresse todo e essa agonia de não ter o controle de nada e ainda assim ser a peça principal, já não estava na cara que era sim? E na hora de dizer sim, ainda olhei pro rosto dele, pra tentar ler que lá no fundinho ele tava se mordendo pra dizer "já que estou aqui né"  e largar aqueeeela piadinha proibida pelo cartório. Tudo passou tão rápido e de repente ela disse pra gente se beijar, é porque eu não lembro quais foram as palavras, eu só lembro que eu aproveitei a brecha e corri praquele momento que eu sei que faz o mundo sumir, e francamente, era tudo que eu queria aquela hora. E tudo sumiu, e tudo ficou fácil, e o frio na barriga esquentou, e o coração desacelerou, porque não importa o que aconteça, aquele beijo é que me tranquiliza, aquele beijo é que me faz querer sim, tenho bem certeza que se o beijo fosse antes o SIM seria mais sereno. SEGUNDO MOMENTO MÁGICO.

E ali estávamos nós, de aliança na mão esquerda (estranho), eu de nome diferente, casados pela primeira vez e felizes para sempre! Mas isso já é assunto pro próximo post!